Moradores do povoado Alegre, no município de Codó (MA), estão enfrentando uma situação revoltante após uma construtora, contratada com recursos do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), abandonar as obras de habitação na região. As casas, que deveriam oferecer moradia digna às famílias da zona rural, ficaram pela metade, sem telhado, portas ou instalações básicas. O cenário é de descaso completo e abandono por parte da empresa responsável.
Segundo relatos dos moradores, a empresa recebeu os repasses destinados à construção das unidades habitacionais, mas após iniciar parcialmente os serviços, desapareceu sem prestar contas ou concluir a obra. Além disso, os trabalhadores locais contratados informalmente foram deixados sem pagamento. Para piorar, alguns moradores denunciam que estão sendo obrigados a arcar com custos como alimentação dos operários e até despesas com transporte de material, que seriam de responsabilidade da construtora.
Com a paralisação das obras, muitas famílias permanecem em condições precárias, morando em casas improvisadas ou em situação de superlotação. O sonho da casa própria virou um pesadelo marcado por promessas não cumpridas, desperdício de dinheiro público e um rastro de frustração. “Fizeram a fundação, levantaram algumas paredes e depois sumiram. Ficamos sem resposta, sem casa e com dívidas”, relata um dos moradores.
A comunidade pede respostas urgentes do INCRA e do poder público municipal sobre o paradeiro dos recursos e cobra responsabilização da empresa envolvida. Até o momento, não houve posicionamento oficial. Enquanto isso, o povoado Alegre segue abandonado, com famílias que contavam com as moradias agora enfrentando a dura realidade do esquecimento.